O
VI Seminário em celebração ao Dia da África foi comemorado no CECR, no dia 24 de
maio deste, levantando reflexões e discussões acerca do tema: “JUVENTUDE
CONSCIENTE: POR UMA COPA SEM RACISMO”.
Contamos
com mostras culturais:
Axé da Cor |
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Desfile: Axé da cor apresentado por Gidson Soares e River Borges ambos docentes
do noturno e alunos do curso de moda da unidade de ensino; representando de forma
estilizada as principais, se não mais conhecidas, divindades de religiões matriz
africana.
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Exposição de telas a mostra no Foyer do teatro.
A
abertura do evento foi conduzida pela vice-diretora Maria José Neres, passando
a palavra para a representante da Secretaria de Educação da Bahia, que parabenizou
a equipe da Escola Parque por reafirmar a nossa identidade ao promover
um evento como esse. Em seguida a
mediadora Darci Xavier passou a palavra para os convidados:
Altair
Paim recitou o poema “Quebranto” de Cuti (Luiz Silva) ao inicio de su afala e em seguida pontuou: o racismo
é uma ideologia, raça e classe andam juntas, o racismo discrimina e estereótipos
negativos são incorporados na cultura; as crenças estereotipadas criam o
racismo, o preconceito; o racismo ataca diretamente a nossa aparência.
Ressaltou que não temos técnicos negros na
primeira divisão do nosso futebol e
destacou a aparência de alguns jogadores - como: Dante, Anderson, Talisca , Balotelli,
Vagner Love que muda a cor a depender do
time que esteja atuando - particularmente seus cabelo por trazer a
imprevisibilidade como também a previsibilidade; aos que ingressaram em times europeus cabe a previsibilidade citando
o jogador Neymar. E finalizou dizendo
que: "A educação pode ser a transformação mais humana para uma sociedade igualitária.".
A
mediadora recordou o episódio ocorrido com o jogador Carlos Alberto que em
1914, vindo do América para o Fluminense (RJ), receou que os cartolas tricolores
devido à sua cor e no jogo realizado em 13 de maio de 1914, Carlos Alberto
tentou disfarçar sua cor colocando pó de arroz no corpo; porém durante o jogo, suava
muito e o mesmo escorria de
seu rosto
deixando-o com um aspecto malhado e todos da arquibancada gritaram “pó de
arroz” oque gerou o apelido do clube
que se mantém. Citou também Tinga, Grafite, Antônio Carlos entre
outros.
Respeito
foi à palavra que abriu a palestra da Desembargadora Luislinda: “Respeitar a
tudo e a todos que existe no mundo.” Ressaltou o querer bem em especial a equipe
organizadora pelo convite. “Recomendou aos pais dos jovens que desejam
ingressar no universo futebolístico que não abram mão da educação como um todo:
respeitando o outro para que também possam os respeitar.” E pontuou que a base
da sociedade é a família.
Não
renega sua origem humilde, mas ressalta a sua luta para alcançar a sua posição
atual, pois precisou lutar sim e continua,
por si e por todos, desenvolvendo seu trabalho com afinco e competência. Mas
afirmou que o Brasil é um pais iminentemente racista e a Bahia o estado mais
racista da federação, enfatizando que precisamos
ter negros no poder.
Destacou
a fala de Altair que “O racismo ele muda, mas permanece.” E o fato do racismo
ser um crime hediondo e ter que ser denunciado. Concluiu: “O Racismo é cruel e
perverso, pois mata a alma e destrói o nosso físico.“.
Em
seguida ocorreu a plenária onde discentes e docentes do CECR, além de
convidados, participaram com colocações pertinentes
a respeito do tema e outros; além da distribuição de livros para os alunos presentes e peças artísticas produzidas na Unidade para os palestrantes.
Pois
é, nessa partida não houve adversários, muito menos perdedores, apenas
vencedores, todos saíram vitoriosos, por participaram desse “bate bola” refletindo
sobre os assuntos abordados certamente todos
ganharam com as conclusões a que chegaram. Desejamos que a nossa Nação seja
campeã sim, mas no jogo da melhoria de vida para todos os cidadãos.
Parabéns
a toda equipe organizadora do evento!