terça-feira, junho 10, 2014

Reportagem sobre valorização das Tradições Juninas


     No dia 06 deste uma equipe da ASCOM/SEC esteve aqui na Escola Parque para fazer uma matéria a respeito da valorização das tradições da Região Nordeste. Verifique:


"Estudantes da rede estadual resgatam e valorizam tradições nordestinas
Quem passa pela fa­chada do Centro Edu­ca­ci­onal Car­neiro Ri­beiro – Es­cola Parque, lo­ca­li­zado na Caixa D'água, em Sal­vador, já sente o clima ju­nino, que toma conta do es­paço. Da en­trada ao in­te­rior da es­cola, uma série de ob­jetos de­co­ra­tivos dão conta de uma he­rança rural nor­des­tina, e lem­bram ao vi­si­tante que o São João está che­gando. O ce­nário, pre­pa­rado por es­tu­dantes, pro­fes­sores, fun­ci­o­ná­rios e ges­tores do Centro, será o palco da festa ju­nina da es­cola, que acon­tece na quarta-feira (11/6), às 14h, com o tema: Ju­ven­tude, consciência e auto estima.
De acordo com o di­retor da uni­dade, Ge­dean Ri­beiro do Nas­ci­mento, os pre­pa­ra­tivos da festa co­me­çaram antes mesmo do ano le­tivo, e contam com o en­vol­vi­mento de toda a co­mu­ni­dade. “A festa co­meça a ser pla­ne­jada na se­mana pe­da­gó­gica, e em se­guida, os pro­fes­sores dão início às pro­du­ções em nossas ofi­cinas. Seja na área de mú­sica, dança, cu­li­nária ou artes vi­suais, todos par­ti­cipam, in­clu­sive a co­mu­ni­dade, que con­tribui com a de­co­ração da rua e da fa­chada da es­cola”, re­vela o gestor. “O São João para nós, nor­des­tinos, é o mo­mento de brindar a nossa cul­tura, então pre­ci­samos fes­tejar”, acres­centa.
O resultado do trabalho está exposto em espantalhos, casas cenográficas, imagens de São João, oratórios, fogueiras e outros objetos confeccionados em sala de aula. “Antes da produção, mobilizamos os estudantes para que eles tivessem consciência da importância dessa festa para a nossa cultura. E, assim, definimos o que poderíamos fazer, conhecendo, também, a origem dos objetos e das tradições”, conta a professora de artes plásticas, Maria Tereza do Nascimento Araújo.
Para a estudante do 5º ano do ensino fundamental, no Centro Educacional Carneiro Ribeiro – Classe II, Liliane do Espírito Santo dos Santos, 11 anos, passar pelos corredores decorados da Escola Parque é um orgulho. “Fico muito feliz, não só porque a gente aprendeu muito sobre o São João, mas porque eu passo por aqui e vejo coisas que eu fiz”, declara a estudante, que participa das oficinas de biscuit, confeitaria e cartonagem.
O sentimento é parecido com o da sua colega de classe, Beatriz Bispo dos Santos, 12 anos, que reconhece, na escola, a festa que acontece também no seu bairro. “Na aula de confeitaria, a professora ensinou pra gente quais eram as comidas típicas,  muitas eu já sabia, porque a gente também faz no meu bairro, como o amendoim, o bolo de carimã e o milho. Eu adoro o São João porque é uma festa muito alegre”, frisou a estudante.
Programação – A programação da festa, que acontece na próxima quarta-feira (11/6), inclui apresentações de dança, do coral da escola, com música de Luiz Gonzaga, concurso para seleção do Rei e da Rainha do São João, barraquinhas com comidas típicas, pescaria, correio eletrônico da amizade, quadrilha e, ainda, a apresentação de uma banda de forró, liderada por um dos professores da escola."

Fonte: 
http://estudantes.educacao.ba.gov.br/noticias/estudantes-da-rede-estadual-resgatam-e-valorizam-tradicoes-nordestinas 

segunda-feira, junho 09, 2014

Oficina de Arquivo e Ficção


 Oficina oferecida pela Fundação Cultural do Estado da Bahia, em parceria com a 3ª Bienal da Bahia, a ser realizada no período de 28 de julho a 1º de agosto. É parte do grupo de ações desenvolvidas pelo núcleo Arquivo e Ficção da 3a Bienal, cujo espaço de ação é o Arquivo Público do Estado da Bahia, sob a curadoria de Ana Pato.

A oficina terá três momentos:

O primeiro será ministrado pela escritora Laura Castro e a artista visual Clara Domingas, que trabalharão com a noção de mapa-guia. Este mapa, constituído de diversos elementos gráficos e narrativos, será construído coletivamente a partir da experiência de percorrer o entorno do Arquivo Público do Estado, traçando distintos circuitos pessoais. Trabalharemos, principalmente, com a escuta de histórias orais que tratam da memória dos bairros desta região. Os trajetos acontecerão dentro de um recorte geográfico pré-determinado e tudo que for coletado no caminho - diálogos, objetos, fotografias, história oral, etc. - deverá ser ficcionalizado por cada um, no processo de construção de uma cartografia que narra experiências.

Agruparemos os diferentes repertórios e coletas individuais numa espécie de inventário coletivo. No momento final da oficina, ocuparemos com esse material diverso, um grande mapa-guia (correspondente ao recorte geográfico escolhido para os percursos). O mapa será base para nosso plano de composição, e impresso em um muro pré-estabelecido para a realização da oficina.

O segundo momento será ministrado pelo escritor e artista visual Leonardo Villa-Forte, que trabalhará com a noção de leitura como criação de um trajeto pessoal que borra as fronteiras entre leitor e autor. Uma quantidade de páginas pré-selecionas de romances e contos diferentes será distribuída para os participantes da oficina, e cada um percorrerá essas mesmas páginas à sua maneira, de modo que coletem fragmentos, os recortem e com tesouras e colas  componham um novo texto, dando um segundo uso às páginas-fonte. Assim, estaremos praticando o escrever como um gesto de fazer uma incisão sobre um objeto, tratando o texto como um corpo físico, como um médico que realiza cirurgias. Finalizado esse segundo momento, os participantes serão convidados a selecionarem páginas que toquem nos temas do arquivo e da ficcionalização, a fim de que tragam essas páginas no dia seguinte e montemos com elas o Paginário, trabalhando assim com o conceito oposto, não da leitura pessoal que constrói um percurso harmônico, mas o da disponibilização de páginas não recortadas, que deixam ao visitante a possibilidade de construir seu trajeto e fazer ou não fazer conexões por ele mesmo.

O terceiro e último momento da oficina será o momento de composição final. Ocuparemos o Mapa-guia simultaneamente à realização do Paginário, lado a lado no mesmo muro, em ação articulada. Para esta intervenção artística, usaremos técnicas como lambe-lambe e estêncil.
Leonardo Villa-Forte

Laura Castro
Clara Domingas



Centro Educacional Carneiro Ribeiro

Centro Educacional Carneiro Ribeiro